Dicas para o dia-a-dia de crianças deficientes e autistas
Em todos os ambientes devemos procurar manter o convívio tranqüilo e estruturado,sem abrir mão da espontaneidade. É possível criar situações onde a criança observa, imita,aprende e elabora de maneira natural e agradável. E todos ganham com isto.
A criança deve ter uma programação diária estabelecida sem alvoroço, de maneira que as atividades básicas (acordar, higiene, refeições, recreação, escola, dormir...) possam obedecer a horários regulares, as atividades complementares (atendimentos, passeios...) sejam previsíveis e as atividades extras (festas, viagens...) sejam esporádicas. Organize-se, tenha bom senso e seja flexível. Seguir uma rotina diminui a ansiedade e traz segurança. Ao mesmo tempo, as mudanças quando bem dosadas proporcionam ótimas oportunidades de crescimento. É observando e participando dos acontecimentos diários, desde a rotina mais simples, que somamos experiência para ensinar e educar nossos filhos. Sempre que achar apropriado, estipule regras. Lembre-se que as regras devem ser claras e possíveis de serem cumpridas. Seja você o primeiro a cumpri-las.
Não economize elogios e deixe claro o que você está elogiando. Se necessário repreenda a criança e deixe sempre muito claro o que você considerou inconveniente.
A criança deve ser incentivada a participar das atividades recreativas, educativas e terapêuticas. Não ceda à primeira manifestação de desinteresse, mas também não force além do necessário. Apresente as atividades de maneira atraente, mostre seu entusiasmo sem perder a tranqüilidade. Não confunda entusiasmo com agitação.
Acompanhe a criança em diferentes momentos, dê sempre o modelo correto e incentive sua participação de modo funcional. As melhores oportunidades para reforçar o uso das novas habilidades estão no cotidiano. O uso da habilidade adquirida só terá significado se o contexto for adequado.
A criança deve fazer parte da rotina da família, dentro e fora de casa. Quando forem fazer compras, deixe que a criança ajude a empurrar o carrinho, a procurar e pegar os produtos nas prateleiras. Ao preparar as refeições, é muito bom que a criança participe misturando ingredientes, amassando e esticando massa, enrolando brigadeiros, separando grãos...
Algumas providências simples facilitam a execução das tarefas:
Use figuras apresentando as atividades que serão desenvolvidas, na seqüência em que acontecerão.
Use músicas cujas letras descrevem a atividade a ser iniciada, isto ajuda a programar a seqüência dos fatos – professoras de pré-escola têm ótimas sugestões.
Entre uma atividade e outra pode ser interessante uma pausa para acalmar ou para movimentar o corpo.
Sugestões onde a criança é “ajudante do chefe” são muito proveitosas: preparam para a nova atividade e fazem com que a criança sinta-se parte do que está sendo organizado.
Atividades recreativas, tarefas de casa e obrigações diárias podem e devem ser compartilhadas por todos.
Dê oportunidade para novas experiências. Mas, tenha o cuidado de não ultrapassar os níveis de tolerância de seus filhos. Estimular não significa solicitar 24 horas por dia!
Evite desgastes desnecessários! Atividades que acalmam serão sempre bem-vindas. Em casa, e também na escola, escolham um “cantinho do sossego”: um lugar tranqüilo e confortável para onde a criança (ou adulto) possa ir sempre que quiser ou precisar ficar sozinho para relaxar.
O cantinho do sossego pode ser uma almofada grande no chão, uma poltrona gostosa ou mesmo o quarto da criança (ou adulto). Deixe no local escolhido alguns de seus objetos prediletos e permita que a pessoa fique à vontade. Alguns gostam de ficar ouvindo música, outros preferem brincar, outros precisam movimentar seu corpo e outros querem apenas fechar os olhos e desligar. O importante é garantir a oportunidade de relaxar, cada um à sua maneira.
Fonte: Xfrágil.org | Martha Carvalho
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