quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Por que namorar um autista

     

domingo, 14 de outubro de 2012

Idéias de sucesso e excesso de bagagem


Segue artigo interessante que recebi e compartilho. Boa leitura!

Idéias de sucesso e excesso de bagagem
Gilclér Regina

O sucesso é a opção de não desistir e o fracasso é opção de desistir cedo demais. A verdade é clara, não existe sorte ou azar, o que existe é disposição para fazer, agir e, com persistência, chegar aos resultados. Existe um momento no qual é preciso saltar com confiança, ultrapassando a sua capacidade, jogando seu coração na frente, se lançando no espaço. Depois alguém chega e diz que você é um sujeito de sorte. Sorte é o que sobra de dedicação, e se chama trabalho.

Tenha certeza de que aqueles que se posicionam como nossos inimigos não nos destroem – ao contrário, eles nos empurram para a vida, para a nossa vitória pessoal. Assim, grandes dificuldades podem transformar-se em trampolim para o sucesso.

Não existe sucesso sem dor. Sucesso é briga. Vencer é comprometimento. Muitos querem vencer e conseguir ter tudo o que sonham, mas só uma minoria está disposta a se comprometer para que isso aconteça. Alguns talvez até esperam Papai Noel, o Gênio da Lâmpada, a Fada Madrinha para transformar suas vidas, mas isso é inútil. Se alguém vai fazer alguma coisa por você, esse alguém é você mesmo. Para conseguir atingir resultados e sentir mudanças na vida, você terá de suar a camisa, enfiar o pé no barro, entrar na água, se atolar e o prêmio pelo sacrifício será a conquista do pódio.

Certa vez uma senhora aproximou-se do grande violonista polonês Paderewski dizendo-lhe: "Eu daria a vida para tocar violino assim!". Ele respondeu: "Minha senhora, foi exatamente isso que eu fiz". Lembro-me também da história do milionário americano que, ao ver uma freira cuidando de um moribundo, disse a ela: "Freira, por dinheiro nenhum no mundo eu faria isso". E a freira respondeu: "Eu também não, meu filho". Tenho dito em minhas palestras que o sucesso é ver o que todo mundo vê, mas enxergar diferente.

Uma vida de desafios é melhor que uma vida de nada. Embora os problemas tragam desconforto e dor, também trazem crescimento e poder. Desafios difíceis podem estar forçando a porta para entrar no seu mundo. Pode ser a sua grande chance. O sucesso e a felicidade não são o destino. O que importa é a viagem, isto é, o nosso dia-a-dia. A prosperidade é uma conseqüência, um prêmio pela atitude sincera e verdadeira que o ser humano tem ao caminhar pela estrada da vida e não um ponto a ser atingido. A vida é o presente, uma dádiva dos Céus e, portanto, o mais importante, o essencial, é o que aprendemos.

Assim, você for a um nutricionista, descobrirá que não sabe se alimentar, pois isso é diferente de comer. Se for a um psicólogo, descobrirá que aquela pessoa que sempre pensou ser, de fato, não é. E assim, descobre-se uma verdade primária, pois pensamos que sabemos muito mais do que realmente sabemos sobre as coisas, incluindo nós mesmos.

As coisas básicas, essenciais e óbvias são o que aprendemos. Desconhecemos e desconhecemos muito mesmo, até as coisas simples e elementares da vida como comer, dormir, sentar-se... Imagine o que desconhecemos, então, das coisas mais profundas e significativas da existência.

Quando fazia parte da Universidade de Princeton, Albert Einstein, uma das maiores mentes da História, dedicava-se regularmente a uma aluna em especial, o que causava grande estranheza a seus colegas. Duas vezes por semana ele dava aulas de Matemática para uma garotinha da escola primária. Seus colegas de universidade freqüentemente lhe perguntavam como ele podia perder parte do seu precioso tempo dando aulas àquela pequena. Einstein respondeu: "Vocês não imaginam as perguntas maravilhosas que ela faz". A sua humildade permitiu-lhe ver o mundo, o universo e a Física com olhos de criança, e foi assim que revolucionou a ciência, exercitando a ingenuidade do olhar e aprendendo a fazer perguntas tal qual uma criança as faz, sem preconceitos, autêntica, sem prender-se a paradigmas, voando com o pensamento e a imaginação.

Um conselho com o qual podemos aprender muito é: vamos nos libertar do excesso de bagagem, representado por suas aparentes certezas. Vamos fazer uma viagem diferente. A leitura diária pode ser um diário de bordo, com anotações positivas das atitudes que devemos ter. Alguém disse: "Ao içar suas velas, se você não sabe para onde ir, saiba que todo vento é bom. Se você sabe onde quer chegar, ajuste as velas!".

Lembre-se, pensamos que sabemos muito sobre as coisas, mas as verdades se aprendem sempre, mesmo que sejam elas uma renovação daquilo que já se sabe.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Gostaria de ter filhos autistas



silvania mendonça almeida margarida



Gostaria de ter um filho autista. Por que não? Em primeiro lugar, saberia entrar no âmago do âmago do ser de alguém e descobriria lá os seus segredos. Saberia que o que passa na sua cabeça não é nada diferente das pessoas ditas normais. Gostaria de ter um filho autista para aprender o mistério das desilusões, não pela desilusão em si, mas saber que o nosso mundo ilusório pode desabar a qualquer instante, a qualquer momento, em qualquer tempo nato. Gostaria de ter um filho autista para aprender a ensinar estereotipias e dizer para o mundo que esses trejeitos são modos alegres de pensar sorrindo, sem nada afluir ou nada dizer. Não seria preciso de contos de fadas, de contos de bruxos ou gnomos, pois o silêncio já seria uma mágica no ar. Gostaria de ter um filho autista para lidar com  o normal, sim, com O NORMAL. E não com o diferente. Bastaria me perguntar. O que é diferente? O que ameaça o Globo Terrestre com as suas esquisitices?  Com os seus pêndulos?  Com os seus rodopios? A definição de normalidade ninguém conhece. Nem sabemos de onde somos, porque viemos e para onde vamos. A normalidade é que a esquisitice. É o momento mor.   Por isso e muito mais, gostaria de ter filhos autistas. Para ver o sorriso franco e sincero. Bonito e indelével. Saudável e sem mentiras.Bastaria um filho. Não precisaria de outros. Ele já me bastaria. Assumiria a minha vida e me abraçaria nos momentos intranquilos  À maneira dele, me daria beijos e ao mesmo tempo, morderia os dedos, para dizer com toda firmeza. Você não está sozinho. Estou aqui.Gostaria de ter filhos autistas para vê-los fazer Nescau ou Toddy. A medição do leite é perfeita. Para vê-lo ir à escola e somente a escola já lhe apetece.  Mostrar a lei da mentira para todos que não contam as verdades. Mostrar as verdades para todos que contam mentiras. Gostaria de ter um filho autista para ele repetir: “As pessoas não entendem que eu preciso de repetição para aprender coisas novas. Não consigo lembrar de tudo porque é muita coisa na minha cabeça. Sinto que muitas informações se acumulam.  Eu tenho muita dificuldade de prestar bastante atenção porque me perco nos pensamentos. Prefiro estar com pessoas mais velhas porque entende a minha dificuldade e aprendo coisas novas com pessoas mais velhas. Interrompo as conversas porque o assunto não me interessa. Eu não sou uma máquina não consigo fazer as coisas ao mesmo tempo”. (Ivone Falkas).Gostaria de ter um filho autista para ele sempre me lembrar de que sou efêmero, passageiro, não sou um anjo e nem ele é especial. As pessoas têm mania de dizer que autistas são seres especiais. Não são não. São seres angelicais que em silêncio nos dão a sua lição de rebita, arrebite, ribalta.  Como a dizer: “Enquanto você estiver aí do meu lado e eu aqui do outro, EM SILÊNCIO, eu consigo me orientar. A cena do autismo vai se repetir centenas de vezes,  a cena se inverte, meus pais e aqueles que sentem carinho por mim. Mas ao mesmo tempo, estou abarrotando a minha alma com todos os ensinamentos que outrora eu deixei de acreditar. Sou autista sim, mas usa a palavra, a minha história, a minha verdade, pais, para fazer escola.  E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar”. Gostaria de ter um filho autista para provar que a história se conta ao contrário. Primeiro você nasce em segredo, passa a vida sem falar ou mesmo balbuciar, sem aprender as garatujas da escrita, sem ler, sem frequentar a escola dos “antiquados” e depois renasce para o brilho e para a luz. Não consegue tirar carta de motorista, mas dirige aerobus, não consegue pegar ônibus, mas poderá volitar, não consegue se arrastar por pernas tortas, mas consegue ter  asas para voar. Tudo depois, bem depois. São deuses e eu não sou bobo. Quero acompanhar. Ser, pelo menos, o acompanhante do terceiro escalão da quinta dimensão da sabedoria. Para os entendedores meia palavra basta.  Albert Einstein, autista, um dia comentou “O fluxo do tempo é uma ilusão aborrecida e persistente“  E se tornam persistentes e aborrecidos diagnósticos, variações, vacinas, alimentação, curas. Isso seria um pouquinho importante para meu filho autista, mas não seria o fundamental. E no fluxo do tempo de Einstein, o meu filho autista diria que o tempo não importa. Por um momento, eu conseguiria fazer com que Ele deixasse o copo que roda e balança e seguraria firme com as duas mãos as cordas do balanço. Segundos depois, daria de novo a ELE o seu objeto de estima. Não esqueceria jamais de lhe ensinar a fazer bolhas de sabão e a soprar, soprar e encher o peito de “orgulho bom” para provocar alguma comunicação. Meu filho autista olharia para mim interrogativamente e sem rodopiar, abaixaria a cabeça num tom de humildade e seus olhos me diriam tudo. E mais: “Não estou pronto para começar. Virar-se-ia em seguida para mim como se estivesse a me perguntar ou a pedir ajuda.  Espiar  por dentro dos meus sentimentos, estendendo-me as mãos. O cuidado em se proteger e proteger-se seria a sua máxima, denotando muito mais do que um ato reflexo. É como se abreviasse ou se abrigasse, por blindagem, da atuação de outrem.  Assim, ele perceberá que outra ação pode nascer da nossa convivência.  Eu gostaria de ter um filho autista para narrar várias experiências que não é todo mundo que sabe vivenciar. Vou parando por aqui, porque livros ainda não pretendo escrever. Somente pensar e refletir o quão gratificante são para pais de autistas ter um motivo para chorar, ganhar, sorrir, amar e perdoar a si próprios. Um dia, quem sabe, ganho esta dádiva

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Governo de Minas propõe políticas públicas voltadas para o atendimento ao autista




Postagens no Facebook aproximaram o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, de familiares e amigos de pessoas com portadoras de Autismo. Trata-se de uma alteração que afeta a capacidade de comunicação, de socialização e de comportamento do indivíduo. 
Nesse encontro, realizado na Cidade Administrativa de Minas Gerais, onde vieram a convite do secretário, as lideranças deram o primeiro passo no sentido de se criar uma política pública, voltada para a qualificação do distúrbio, tratamento e formas de atendimento. 
Entre as propostas apresentadas pelo secretário, o destaque é a preparação da Rede de Atenção à Saúde para receber e os autistas. “Vamos criar, também, um convênio de apoio técnico financeiro para a contratação de especialistas”, adiantou o secretário. Antônio Jorge propôs, ainda, a criação de um Curso de Gestão Clínica em Autismo, voltado para a capacitação de professores e trabalhadores da Saúde. “O curso, que será transmitido pelo Canal Minas Saúde para todas as unidades de Saúde no Estado, terá como proposta a capacitar todos os profissionais, com o consequente alinhamento conceitual sobre a doença”, finalizou.
O representante do Instituto Superação, que reúne pais e pessoas ligadas a pacientes autistas, Maurício Moreira, garantiu que as maiores dificuldades estão no tratamento da doença. “Trabalhamos atualmente com 200 famílias na capital e 250 em Governador Valadares. Participamos de várias audiências públicas para a mudança da forma de atendimento, pois os autistas são capazes; só precisam ser tratados adequadamente. Queremos dar a oportunidade de interação dessas pessoas com a sociedade, possibilitando o desenvolvimento de habilidades para inseri-los no mercado de trabalho”, explicou.
O coordenador do Laboratório de Musicoterapia da Escola de Música da UFMG, Renato Sampaio, fez uma avaliação positiva da reunião. “O resultado da reunião superou a expectativa dos participantes. Ficamos surpresos com as propostas apresentadas pelo Secretário. A criação de políticas públicas para o autismo representa uma conquista para os portadores da doença e esperança para a resolução dos problemas enfrentados por eles. A amplitude do que foi apresentado foi além do que o grupo esperava”, finalizou emocionado. 
Ceila Reis, de Poços de Caldas, mãe de adolescentes autistas, acredita que o maior problema ainda é o diagnóstico tardio da doença. “Tenho dois filhos adolescentes e convivo com as dificuldades de inserção social dos meus filhos, devido ao diagnóstico tardio. É preciso identificar a doença no início da infância. A criança responde melhor ao tratamento e, consequentemente, desenvolverá com mais facilidade a sua funcionalidade”, enfatizou.
Uma nova reunião, com todos os representantes foi agendada para o próximo mês. O objetivo é dar continuidade às discussões sobre o assunto e analisar o andamento das propostas definidas. 
Participaram, também, da reunião, Marcílio Dias Magalhães, superintendente de Redes de Atenção à Saúde SES/MG; Mônica Farina, coordenadora da Coordenação de Apoio à Pessoa com Deficiência (Casped); Marta Lopes, Assessora de Gabinete; Denise Martins Ferreira, representante do Instituto Superação, e Juliana Chiari, diretora da Coordenadoria Especial de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (Caad), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). 

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