terça-feira, 13 de abril de 2010

A SOLIDÃO E O AUTISMO



silvania mendonça almeida margarida

A solidão é uma sinfônica oculta
Que o meu espectro e a minha alma
matam tristes e equivocados
São figuras confusas e obscuras
que isolam grande imagem nefasta...


Dedilhando em mim música da brisa
Cobiça e coragem sem fim
Em frases e pensamentos espirituais
Não revelados no fantástico de mim mesma.
Sou solitária enfim...

E na esperança de existir eu absorvo astros
Solitários e infinitos, pálidos e aflitos
Em sua lividez quando estão tristes
Ou me acolhem e ou me mandam embora
E eu sou infeliz e magoada

À luz da lua, à fraca opaca escuridão
eu atrelo os meus pesares
Enquanto armazeno a solitária angústia
afino a mágica no deslizar das fadas
Qual sortilégio que não me ampara
Sob o clarão da lua, em nostalgia.
Sou solitária, vivo em ermo, abandonada...

A solidão torna-se uma orquestra discreta
Que me aflige em sonhos e devaneios
Arrasta-me em conseqüências nuas
Dos meus atropelos e confusões
E não me deixa dormir...

Na multidão de conviver com o autismo
Que vai além das carreiras e das estradas
No meio da solidão
Nos cacos finos das miragens
Sigo a vereda invisível solitária
Sem tecer a madrugada
Que se aninha sem dó
No meu pobre coração...

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