sexta-feira, 2 de abril de 2010

RECANTO DA LIRA AUTÍSTICA



Eu sou o suposto de mim-mesma
sou o recanto da lira autística
Entre mim e mim
Há grandes diferenças
Eu sou treme das minhas lágrimas
Eu sou a distância do meu coração
Sou meus desejos assolados
Sou a dualidade de mim
Que busca o recanto dos elos
Em todas as madrugadas

Sou o que sou
Autista que sou
Na nitidez que me cega
De uma viagem metafísica e carnal
E estar sobrevivente de mim mesma
Ao buscar o autismo em ser diferente

O que fui nas partidas
O que fui nas músicas originais
Somam os meus dias
Não tocam a lira perfumada
Deixada no seu canto abandonada
À espera do toque perfumado
Que aproximará em cânticos as notas musicais
E revelerá a noite inteira do poeta



Eu sou o suposto de mim-mesma
Entre mim e mim
Há grandes diferenças
Eu sou treme das minhas lágrimas
Eu sou a distância do meu coração
Sou meus desejos assolados
Sou a dualidade de mim
Que busca o recanto da lira
Em todas as madrugadas

Sou o que sou
Na nitidez que me cega
De uma viagem metafísica e carnal
E estar sobrevivente de mim mesma
Ao buscar o autismo que não vai embora
e que tenta muitas vezes ser diferente

O que fui nas partidas
O que fui nas músicas originais
Somam os meus dias
Não tocam a lira perfumada
Deixada no seu canto abandonada
À espera do toque perfumado
Que aproximará em cânticos
as notas musicais
E revelerá a noite inteira do poeta


O autismo é toda manhã consumida
Como um sol imóvel
E lira não banhada
Pelos acordes musicais

Oh! Meu Deus
Virei a minha própria experiência
Tudo o que mais me uniu se desandou
E a minha felicidade
não consegue suportar
E resistir ao inexorável!

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