domingo, 16 de maio de 2010

UM POETA DO CREPÚSCULO















silvania mendonça almeida margarida

Enquanto é tempo, viva,
respire encantos em prosas e verso
Não é preciso ser poeta para ler poesia
O autismo não é assim tão difícil
De alcançar e apreender

O risco está na vivência autística
Dia após dia, noite após noite
Você encontrará pincéis a descobrir
Colorir ou descolorir sua sutil biografia

Chama que alenta e consome
Alerta e hostiliza que não se chama luz
É a agonia do passarinho flechado
no interminável;
Quando há o assombro da gaiola
E não há retorno...não há presságio
E o corpo se exaure na existência...

O autista é um poeta no crepúsculo
Tem diferentes suavidades em cada pétala de flor
Uma flor imaculada, branca e multicor
Que desvia todos os padrões que pessoas
não querem entender...

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