domingo, 2 de maio de 2010

A CURA DOS MEUS SONHOS



silvania mendonça almeida margarida

A casa dos meus sonhos
É bela e branca,
Às vezes, colorida
São estátuas em vôo
Crescendo para o mar...

As nuvens dos meus sonhos
São gestos brancos e delicados
Imitam imagens cândidas
Nas varandas do meu sono...

As vestes dos meus sonhos
São brancas e de teias tênues
São como fios de sol
A brilhar na escuridão...

A cura dos meus sonhos
É o palpitar latente
A meditar coisas de amor
Tecidos tão aéreos
E quer sempre estar
na primeira parte do poema...

Ser mãe nos meus sonhos
Envolvem a luz, o sol e a lua
É a linha do horizonte
Um mundo justo e feliz
Que nenhum véu encobre

A palavra nos meus sonhos
É fulgente e nítida
É o verso glorificado
É o reverso que é
possível não fazer

O mundo em meus sonhos
É o destino: amor sem conta
É a concha vazia
É o autismo ilhado
A água explícita
O beijo tácito
A sede infinita

Os sonhos dos meus sonhos
Não são ponto de partida
Englobam a minha chegada
E a minha narrada vida!

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