quarta-feira, 5 de maio de 2010

MEU MENINO AUTISTA



silvania mendonça almeida margarida

Menino
Quantos destinos vi em seu olhar
Pequenos brilhos no ilimitado furor
Mundo aparente exterior
De seu espectro amotinado...
A rajada do seu refletir

Menino
Mostre-me o gráfico da sua vida
o dédalo, cerne do coração
Resgate-me do receio de viver
Postula a sua mão por onde eu andar

Venha, filho das alturas e das ternuras...
A noite aquieta-se e ao seu lado
Se eu me perder,
meu menino autista querido;
descobriremos juntos a saída
Álea da minha natureza

Menino
Rebelião e fantasia...
Para que padecer igual destarte?
Se a generosidade da sua fala
É como o gênio que brota claridades
Anelo de um desejar que nunca termine.

Tendência de qualquer biografia em procura
De uma estrela sem duendes.
De uma lua sem assombros.
Eternidade revoltosa em brancas nuvens do ser.

A história me atemoriza descomedida
Esquiva para fora de si também
Contudo sua alma aflita insurgente
Aspira hipnotizar no meu mundo
Um louco e coerente amor!

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