AUTORIA DESCONHECIDA
**(PECS - Picture Exchange Communication System)**: Informações aos Pais
As crianças com autismo, especialmente os mais jovens, freqüentemente tem grandes dificuldades para usar a linguagem expressiva. Cerca de 80% das crianças com autismo que entram nas escolas públicas com idade igual ou menor que 5 anos, não demonstram linguagem útil. Para estas crianças e outras que podem ter alguma fala, mas que r
aramente a utilizam em seu benefício, intervenções intensas e altamente estruturadas seriam necessárias para se conseguir que se desenvolva a linguagem. Outra das principais dificuldades com as que se enfrentam as crianças pequenas com autismo, é como eles se relacionam com as situações sociais. Estas crianças raramente começam uma interação com os adultos e usualmente não a mantém, ainda que iniciada pelos adultos. Desde cedo, a maioria das nossas interações sociais envolvem a linguagem; isto indica que estas crianças enfrentam o problema em dobro.
Muitos pais e profissionais tem tentado ensinar a suas crianças silenciosas a falar. Tal treinamento freqüentemente começa por tratar de ensinar à criança a olhar para o adulto diretamente a sua cara e olhos. Ainda que este tipo de ensinamento funcione, necessita muitas semanas ou meses. A seguir, a criança é ensinada a fazer vários sons e eventualmente, imitá-los. Este passo também necessita muito tempo. Finalmente, a criança é ensinada a mesclar os sons em palavras, estas freqüentemente selecionadas pelos adultos. Durante todo este tempo de ensinamento, a criança continua sem ter um tranqüilo e útil método de comunicar-se com outra pessoa.
Algumas pessoas tem tratado sistemas de comunicação ALTERNATIVOS, isto é, estilo de comunicação que não envolvem a fala. A linguagem dos sinais é um deles e também é o de imagens e outros símbolos visuais. Vários fatores contribuem para tornar estes sistemas relativamente lentos de se aprender. Por exemplo, a linguagem dos sinais necessita imitação, algo não muito fácil para as crianças com autismo.
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Os sistemas de imagens(pelo menos até agora), ensinam a sinalizar(apontar com o dedo) as imagens. Contudo, sinalizar freqüentemente é confuso para a criança e para o adulto, porque a criança nem sempre tem a atenção do adulto ou olha que a imagem é uma imagem de..., ou a criança aponta repetitivamente uma ou mais imagens.
O Sistema de Intercâmbio de imagens PECS (Picture Exchange Communication System) foi desenvolvido pelas dificuldades ao longo dos anos, com outros programas de comunicação (Bondy e Frost 1994). O sistema já foi utilizado com 85 crianças em Delaware, de 5 anos de idade ou menores e que não tinham feito o uso da fala até o momento de entrar na escola. Das 66 crianças que usaram o PECS por mais de um ano, 44 já usam uma linguagem independente e 14 a usam ajudados por sistemas de imagens(ou palavras escritas. Sete destas crianças já não são educacionalmente identificados como autistas e mais de 30 já foram colocados em salas de aulas para crianças com incapacidades leves. Os terapeutas, entusiasticamente apóiam e usam o sistema e os pais tem usado o sistema em casa ou na comunidade.
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O PECS se adquire muito rapidamente; muitas crianças aprendem o intercâmbio fundamental no primeiro dia de treinamento. Um aspecto importante do PECS é que são as crianças que iniciam o processo de comunicação(são elas que iniciam a interação).
Eles não aprendem a esperar ou depender dos adultos para comunicar-se. Eles, imediatamente expressam suas necessidades aos adultos que podem satisfazê-las. Aprender o PECS também tem conseguido um dramático efeito de reduzir as preocupações pelo manejo do comportamento destas crianças, tanto nas escolas como em casa.
O PECS começa por encontrar coisas que atraem as crianças(isto é, coisas que as crianças querem). Estes alimentos podem ser alimentos, bebidas, brinquedos, livros, ou qualquer coisa que a criança constantemente busque e goste de ter. Depois que o adulto(terapeuta ou pai) saiba o que é que a criança quer, uma vez que já realizou esta observação, então uma imagem(fotografia, colorida, ou desenho linear em preto e branco), é feito deste objeto. Suponhamos que a criança goste de passas. Enquanto a criança trata de alcançá-las, um terapeuta fisicamente orienta á criança a apanhar a imagem das passa e colocar na mão aberta do segundo terapeuta - o que tem as passas. Enquanto a imagem é colocada na mão, o terapeuta diz: "Ah! Você quer uma passa!"(ou algo semelhante) e imediatamente da as passas para a criança. À criança NÃO se pergunta o que é que ela quer. À criança NÃO se pede que pegue a imagem. O terapeuta não diz NADA até que a criança ponha a imagem na mão aberta. Lentamente, com o tempo, a ajuda física para apanhar a imagem, é retirada, da mesma forma a ajuda para deixá-la na mão de outro terapeuta. Com pouco tempo de várias interações, a criança tem a iniciativa de começar a interagir, tomando a imagem e entregando a um terapeuta.
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O passo seguinte resulta em afastar o terapeuta, para que a criança tenha que fazer esforço para chegar até ele. Várias pessoas devem agora estar envolvidas em receber imagens - mas só com a imagem das passas neste ponto. Uma vez que a criança é ensinada a usar a imagem com várias pessoas, então mais imagens de coisas que lhe agradem, serão agregadas. Não obstante, neste ponto, à criança se apresenta uma imagem de cada vez. Depois de estar algum tempo usando várias imagens, uma a uma, então o terapeuta poderá colocar 2 imagens em um tabuleiro(quadro), depois 3, quatro, etc.. Uma criança usando o sistema neste ponto, enquanto que aparentemente faz umas tantas coisas, tem aprendido algumas habilidades extremamente importantes. Quando a criança desejar algo, irá ao tabuleiro de imagens, apanhará uma, irá a um adulto, porá a imagem na mão do adulto e esperará receber o que solicitou. A criança irá tranqüilamente a um adulto para obter algo, em lugar de tratar de obter o objeto enquanto ignora o restante das das pessoas. A importância da criança INICIANDO a interação não deve ser exagerada. A criança NÃO é dependente dos adultos. O sistema PECS logo ensinará a criança a criar enunciados simples como "Eu quero"....."biscoitos", usando várias imagens e uma "tira de frases". A criança deverá seguir entregando a frase a um adulto. O sistema PECS então ensinará a criança a diferença entre solicitar(pedir) e comentários simples como "Eu tenho", "Eu vejo", "Tem um...". para algumas crianças este passo é difícil e requererão algum "ajuste fino". PECS continuará expandindo o número de imagens por enunciado e o número de conceitos sobre os quais a criança poderá se comunicar. Em nossa experiência, crianças que empregam entre 50 e 100 imagens, freqüentemente começam a falar enquanto manuseiam as imagens.(Algumas crianças começam a falar muito antes, enquanto outras crianças devem continuar utilizando as imagens).
Estamos muito contentes com o extraordinário êxito que temos observados com crianças que foram ensinadas a utilizar o PECS. Temos estudos controlados que apoiam o uso do PECS em muitos estados nos Estados Unidos, América do Sul e Canadá, desde crianças pequenas e adultos, e em crianças com autismo e outras incapacidades severas de comunicação. Todas as crianças com quem temos trabalhado em Delaware e New Jersey, tem aprendido, pelo menos, o primeiro aspecto do PECS - intercambiar uma imagem(ou representação visual) por um objeto desejado. Uma alta proporção destas crianças aprendem a falar dentro de um ano ou dois após iniciar com o PECS.
O PECS é fácil de aprender a usar por terapeutas, pessoas e pais. Não requer materiais complexos ou treinamento altamente técnico. Não requer equipamento de alto custo, provas sofisticadas ou pessoal de alto custo ou treinamento para os pais. É uma ajuda tanto dentro da sala de aula, em casa como na comunidade. As crianças que tem aprendido outros sistemas de comunicação, tem mudado rapidamente para o PECS e tem expandido suas habilidades de comunicação. As crianças no PECS estão altamente motivados a prender o sistema, porque eles podem obter exatamente o que desejam.
Entendemos que crianças muito pequenas com autismo, usualmente não tratarão de nos fazer felizes ou sentir prazer com seus êxitos. Por meio do PECS, eles podem aprender a importância de ter outra pessoa para que os ajude e possam aprender a confiar que a pessoas responderão suas mensagens, entregues com calma. Com o sistema correto, e o treinamento apropriado, uma imagem vale mais que mil palavras.
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*PREMISSAS BÁSICAS
As crianças usando PECS, são ensinados a se aproximar(chegar perto) e dar uma imagem(foto) de um objeto desejado, a seu interlocutor, para obter tal objeto. Ao fazer isto, a criança inicia um ato comunicativo para obter um resultado concreto em um contexto social.
As Explicações para Começar
1.- Disponibilize(ou crie) um Sistema de Símbolos
- Desenhos lineares em preto e branco ( inicie com desenhos de aproximadamente 2 polegadas ( 5.2 cm.)
- Desenhos lineares em cores de 2 polegadas(5.2cm)
- Fotos Comerciais
- Fotografias Pessoais
- Álbum Porta-imagens/fotos
2 - As imagens(fotos) devem estar facilmente disponíveis durante o treinamento
- Utilize um avental de carpinteiro com imagens(fotos)
- Tenha uma caixa de imagens(fotos) bem organizada.
3 - Utilize Velcro de forma generalizada
- Cole(fixe) uniformemente nas imagens e na superfície suporte
4 - Tenha um lugar do quarto ou da casa onde as imagens e/ou quadros estejam disponíveis para o estudante.
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5 - Ao longo do treinamento, o estudante JAMAIS deverá escutar as palavras "NÃO" ou "Não tenho nada disso".
Estabeleça Reforços
O que é altamente desejado pelo estudante?
Entreviste a família, mestres, amigos.
Valorização do Reforço
Diz-se que um objeto é preferido, se o estudante de uma forma segura o alcança em um lapso de tempo de 5 segundos ou se é selecionado pelo estudante em 3 ocasiões distintas.
Problemas ao Iniciar
1 - Existe uma incapacidade motora que iniba a criança a alcançar as coisas ativamente?
2 - Não limite as opções nesta etapa.
FASE 1: O INTERCÂMBIO FÍSICO
Objetivo:
- Quando vir um objeto altamente preferido, o estudante tomará a imagem do objeto, se aproximará do terapeuta e deixará a imagem(fotografia) na mão do terapeuta
- Ao fazer isto, a criança inicia um ato comunicativo para obter um resultado concreto dentro de um contexto social.
Pontos Chaves
- Dois terapeutas são necessários nesta etapa inicial. Um está atrás do estudante e outro está em frente.
- Não haverá incentivos(estimulações) verbais
- Sempre responda como se o estudante houvesse falado
- Organize, pelo menos, 30 oportunidades ao longo do dia para que o estudante possa solicitar(pedir)
*PASSOS:
A - Intercâmbio Completamente Assistido
- O estudante deverá alcançar o objeto desejado e o terapeuta, fisicamente ajudar ao estudante a apanhar a fotografia.
- Uma vez que a fotografia apenas toque no segundo terapeuta, a criança deverá ser imediatamente recompensada!!!!!
- O terapeuta responde, "Ah! Você quer a bola/biscoito, etc..." "Obrigado por me dizer o seu desejo"
- Não serão utilizadas estimulações diretas nesta etapa, por exemplo: "O que você quer?" "O que foi?", "Dê-me a fotografia". "Pegue a fotografia".
- A mão aberta do terapeuta é a pista(dica) para a criança.
B - Reforço Gradual
- Inicie evitando o elogio verbal, para em seguida elogiar ao estudante quando entregar a fotografia.
- Uma vez que entregou a fotografia, o estudante é imediatamente reforçado Armazenamento de dados
- Repita até que o estudante deixe a fotografia na mão do terapeuta, sem incentivo, de 8 a 10 sucessos.
C - Reduzindo a pista da "mão aberta".
- Esperar, progressivamente mais tempo antes de mostrar sua mão aberta
D - Problemas ao Iniciar
- Alguns estudantes vão se irritar, portanto garanta que o terapeuta esteje com o objeto desejado em sua mão livre(não a mão usada para receber a fotografia)
- Revise suas "ferramentas". Não ponha o terapeuta/pessoa favorita atrás do aluno. Situe a pessoa em frente à criança para manter contato visual.
- Reforce de imediato(EXTREMAMENTE IMPORTANTE).
-Enquanto reforce um intercâmbio apropriado, gire a fotografia diante do estudante quando lhe falar para manter a atenção e aumentar o reconhecimento desta fotografia.
Objetivo:
O estudante irá ao quadro de comunicação, apanhará uma fotografia, irá a um adulto e a deixará em sua mão!.
DESENVOLVENDO A ESPONTANEIDADE
Preparação:
Uma fotografia de um objeto altamente preferido é fixada com velcro em um quadro de comunicação. Estudante e terapeuta estão sentados tal e qual estavam na fase 1.
Pontos Chave
- Novamente, nenhuma estimulação verbal
- Treinar com um grupo de fotografias de, uma de cada vez
- Trabalhar com vários terapeutas(alternando)
- Faça provas de treinamento estruturado, crie pelo menos 30 oportunidades para pedidos expontâneos( Terapia Física, Terapia Ocupacional, Descanso, Lanche, etc.))
Passos:
A - Permita ao estudante uma brincadeira de 10 a 15 segundos com o objeto desejado ou que coma parte do sorvete(picolé, etc.). Apanhe o objeto e mostre o quadro de comunicação com a fotografia. Se for solicitada, ajude-o fisicamente a apanhar a fotografia do quadro de comunicação.
B - Aumente a distância entre o estudante e o terapeuta
- O estudante inicia o intercâmbio ao apanhar a fotografia
- O estudante segura(escolhe) um adulto.
C - O adulto de inclina para trás para que o estudante tenha que ficar de pé para agarrá-lo.
- Gradualmente o adulto aumenta a distância em polegadas(centímetros)
- Conforme o êxito do estudante(4 a 5 sucessos), em seguida os aumentos das distância devem ser maiores.
** As fotografias estão ainda perto do estudante
D - Aumente a distância entre o estudante e a fotografia. Nós queremos que o estudante vá a fotografia e em seguida ao adulto.
FASE 3: DISCRIMINAÇÃO DE FOTOGRAFIAS
Objetivo:
O estudante solicitará os objetos desejados indo ao quadro de comunicação selecionando a fotografia apropriada e voltando ao interlocutor para dar-lhe a fotografia.
Preparação
O estudante e o terapeuta estão sentados em uma mesa, um de cara para o outro(contato visual direto). Tenha disponível várias fotografias de objetos desejados ou contextualmente apropriados, fotografias de objetos irrelevantes ou não preferidos e os objetos correspondentes.
Pontos Chave:
- Nenhuma estimulação verbal - Continue com as atividades organizadas de forma estruturada, durante pelo menos 20 oportunidades aleatórias. - Varie a posição das fotografias no quadro de comunicação até que a discriminação seja alcançada.
Passos:
A - Inicie com um objeto altamente desejável um não preferido. Exemplo: Fotografia de um brinquedo sensorial versus fotografia de uma meia soquete.
- Reforce com o objeto que o estudante escolha. Elogie verbalmente se o estudante escolher o objeto desejado e não demonstre qualquer reação se o estudante escolher o objeto não desejado.
- Continue até que 8 a 10 sucessos sejam alcançados apropriadamente.
B - Acrescente fotografias e manipule o valor do reforço das fotografias "não preferidas", para que a criança aprenda a fazer escolhas entre fotografias que são igualmente desejadas.
* Nesta etapa o terapeuta pode começar a reduzir o tamanho da fotografia (imagem)
Problemas para Iniciar
- Enquanto ensina a discriminação de imagens, assegure-se de trocar a localização das imagens no quadro de aprendizagem para que o estudante não habitue a apanhar uma fotografia em um lugar específico.
- Assegure-se de que o quadro de imagens tenha um título(artigo) "não desejado" em algum lugar entre as demais imagens. Se o estudante escolher uma imagem e em seguida reagir negativamente ao objeto, você saberá que o estudante não está discriminando adequadamente.
- Se o estudante cometer um erro em sua escolha, não responda com um "NÃO" de maneira alguma. Em vez disto, diga o que o estudante lhe falou, "Você quer a meia soquete". Em seguida diga, "Se quiser o vídeo, precisa pedir o vídeo".
FASE 4: ESTRUTURA DA ORAÇÃO
Objetivo:
O estudante solicita artigos presentes e não presentes usando uma frase de várias palavras observando ao livro. O estudante apanha uma fotografia/símbolo de "Eu quero" e a coloca em uma tira de frases(tira de velcro). Logo, o estudante apanha uma imagem do que deseja, a coloca na tira de frase, pega toda a tira de velcro e entrega ao seu interlocutor.
Preparação:
O que deverá estar disponível: 1 . Quadro de comunicação
2 . Tira de frases
3 . "Eu quero".
4 . Imagens e objetos/atividades de reforço
Passos:
A - Fotografia da frase "Eu quero".
A fotografia "Eu quero" é fixada no canto superior esquerdo do quadro de comunicação. Quando a criança desejar um objeto/atividade, oriente-a a colocar a imagem de "Eu quero", coloque-a do lado esquerdo da tira de frase, tome e coloque a imagem do objeto desejado junto a ela na tira de frase. A criança então se aproxima de seu interlocutor e lhe entrega a tira de frase(tira de velcro). Com o passar do tempo, elimine todas as pistas.
*** Considera-se atingido o objetivo desta etapa com 80% de êxito, com pelo menos 3 terapeutas e sem ajuda.
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B - Movendo a imagem "Eu quero".
Mova a imagem "Eu quero" para o canto superior direito do quadro de comunicação. Quando a criança quiser um objeto/atividade oriente-o a tomar a imagem "Eu quero", situando-a à esquerda da tira de frases, tome e situe a imagem do objeto desejado próximo dela na tira de frases. A criança, em seguida, se aproxima de seu interlocutor e lhe entrega a tira. Com o passar do tempo, vá retirando as pistas.
*** Se considera que alcançou os objetivos desta etapa com pelo menos 80% de êxito com pelo menos 3 interlocutores sem ajuda
C - Referências que não estão a vista
Crie oportunidades para que o estudante solicite objetos/oportunidades que não estão à vista.
FASE 5: RESPONDIENDO A " QUE QUERES?"
Objetivo:
O estudante poderá de maneira espontânea solicitar uma variedade de objetos e pode responder a pergunta "O que você quer?"
Preparação:
Tenha disponível quadro de comunicação com imagem "Eu quero", a tira de velcro (tira de frase) e fotografias (imagens) de objetos. Tenha vários objetos de reforço disponíveis, mas inacessíveis (ocultos).
Passos:
A - Atraso de ZERO segundos:
Com um objeto desejado presente, e a frase "Eu quero" no quadro de comunicação, o terapeuta simultaneamente aponta a frase "Eu quero" e pergunta, "O que você quer?", a criança deve tomar a imagem de "Eu quero" e completar o intercâmbio.
B - Aumentando o intervalo de atraso.
Comece aumentando o tempo entre perguntar "O que você quer?" e sinalizar a frase de "Eu quero".
C - Não dar ao estudante nenhuma pista de sinalizar.
Uma vez que o estudante conseguiu dominar consistentemente a ordem "O que você quer?", então, de forma sistemática, misture para criar oportunidades de pedidos e respostas espontâneas.
FASE 6: RESPOSTA E COMENTÁRIO EXPONTÂNEO
Objetivo:
O estudante responde apropriadamente a "O que você quer?", "O que você ver?", "O que você tem?" e a outras perguntas semelhantes quando estas são feitas de maneira aleatória. Preparação:
Tenha disponível o quadro de comunicação com as imagens de "Eu quero", "Eu vejo", e a de "Eu tenho". Também tenha disponível várias imagens de objetos menos preferidos dos que o estudante já tenha aprendido a imagem.
Passos:
A - "O que você vê?
B - "O que você vê?" versus "O que você quer?"
C - "Ver", versus "Querer" versus "Ter".
PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES
1 - Quantas imagens devo introduzir durante a Fase 1?
O número de imagens depende da valorização do reforço e do número de êxitos/seções necessárias para o estudante dominar a fase 1.
2 - Devo de usar somente imagens de um só tema como por exemplo o lanche quando começo a ensinar ao estudante o programa?
Os primeiros êxitos do treinamento na fase 1 tipicamente tem lugar em um formato muito estruturado. O estudante pode ser retirado, inicialmente das atividades em curso para ensinar-lhe a fase 1.
3 - Como decidir quando introduzir novo vocabulário?
O novo vocabulário é introduzido quando a necessidade de reforço seja mínima. O número de imagens utilizadas nas fases 1 e 2 será ilimitado, sempre e quando sejam introduzidas uma a uma.
4 - Como determinar quando é apropriado iniciar a Fase 3?
Pode haver alguma superposição entre alcançar o domínio da fase 2 e da fase 3. Por exemplo, se um estudante aprendeu a ir a seu interlocutor para entregar uma imagem, mas ainda está aprendendo a ir buscar as imagens, neste caso seria correto iniciar o treinamento de discriminação. É importante recordar que a fase 2 nunca termina realmente. O componente crucial do PECS é que o estudante seja um comunicador persistente, um que perturbe em lugar de um que tenha que ser encorajado a comunicar-se.
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5 - Usar sistemas individuais ou sistemas baseados em aulas coletivas?
Cada estudante deve ter seu próprio tema de comunicação que possa viajar com ele. O sistema é tratado como se fosse um apêndice da criança(como uma cadeira de rodas ou um sapato ortopédico) e a criança deve aprender a ser responsável por ele. Não deve ser o terapeuta ou o parente o que irá carregar o livro de um lugar para o outro. Sistemas de aulas coletivas ou baseada em uma habitação em casa, são extremamente úteis, também. Estes podem ser quadros de "menu", que contenham vocabulário específico. Por exemplo, no banheiro pode ter um quadro com imagens de sabão, toalha, brinquedos de banho, etc.
6 - Como determinar o número de símbolos a ser usado durante uma atividade?
Se o estudante está na fase 1 ou na fase 2 do treinamento, não mais que 1 símbolo deve ser apresentado em cada ocasião. Pode o terapeuta determinar, de acordo com a valorização do esforço e as rotinas naturais, qual imagem deve estar disponível em cada ponto da atividade. Se a criança está na fase 3 do treinamento, o número de símbolos será determinado pela habilidade real do estudante para discriminá-los. Além da fase 3 todas as imagens devem estar disponíveis para o estudante.
7 - Que fazer com uma criança que não se consiga identificar reforços?
Sem uma recompensa potencial, não há potencial de comunicação. Portanto, devemos continuar determinando que objetos e eventos seriam gratificantes para o aluno. Algumas ocasiões isto requererá observação cuidadosa das preferências do aluno, tal como observar ao estudante que para diante de uma janela, ou que freqüentemente senta em uma cadeira de balanço, o que põe a bochecha em uma superfície fresca, etc. Cada uma destas preferências podem ser usadas como uma recompensa potencial, portanto, como um objeto ou atividade a solicitar.
fonte: s.n.t.
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