quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PARÁBOLA DA VIDA AUTISTA





silvania mendonça almeida margarida


A vida de um autista é amiga oculta
como recordação de uma flor...
Ressurge e novamente escreve
sorrisos ou dores daqueles que especiais são...



O que sempre se fez em orvalhadas flores,
odes escritas para um único amor
Um filho especial ou a idolatria de curar o autista
É parábola de uma inteira vida infinita



Quem sabe amanhã não mais existirá em poesia...
ou me comprará um jardim com flores
Borboletas de muitas cores...
Para cura de todos os desencantos do meu ser.


Que o autismo seja lembrado como meu encanto.
Ainda que não por todos os cantos que ele ecoe.
Meu corpo pode até ficar inerte, mas que ele voe
Para onde eu possa entendê-lo.


Às vezes fico a sonhar os espaços
que queria conquistar
A imaginação, a cura e um sério desabafo.
Assim, como se eu fosse o orvalho ao cair na flor
Que se transformaria em pétalas o autismo mitigado



A flor mimosa que abrilhanta o prado
A fortuna nascente vai pedir luz
E o sol ... a estrela de primeira grandeza
onde jaz meus desejos de cura abrandada
Brilhará em intenso fulgor.



Na afluência de coexistir com o autismo
Que vai além dos atalhos e dos caminhos
Nos pós finos das quimeras
Sigo a senda invisível inabitada
Sem tecer a parábola da vida autista
Que se aninha sem cálice no meu coração...

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