sábado, 21 de agosto de 2010

É estranho!



silvania mendonça almeida margarida


É estranho como a inspiração brota
Quando está entorpecida na reflexão
Ao esperar que um axioma a desperte
Almejando o tempo judicioso

Quantos devaneios
e quantos contentamentos tidos...
Quantas verdades e vontades vividas,
Quantas realizações e nostalgias...
Partidas!

Mas, prezam-se todos os tirocínios
Se a cólera que espuma,
a aflição que mora no espectro da alma,
e aniquila cada alucinação que desaparece,
Tudo o que tortura, tudo o que amaina
E vem o autismo, vem o desaparecimento
Hostiliza a vida e o encantamento

Das palavras ditas e faladas ao vento
Ou se é nômade ou se vive em ócio infeliz
Ou se chama o trabalho ou se açoita o tempo
Nas baladas e canções que ainda não se cantaram
Versos apenas... Letras pequenas
Quantos alvitres abalizam os anos idos
E que não voltam mais...

Mas o remorso e o passado batem na nossa porta

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