domingo, 15 de agosto de 2010

OS SINOS DE MINAS GERAIS



silvânia mendonça almeida margarida

Espectro do poeta.
Inquieto tão intenso e repleno...
Como é natural.
Seu cerne musical.
Desperta os mais lindos devaneios
Quando badalam os sinos de Minas Gerais.
Toca sutilmente a ilusão.
Tange de amor e paixão.
Dedilha o coração com a inspiração
De uma história contada entre lusos e mineiros.


Em muitos dias
Espanto-me ao minutar os mais belos versos de apego
intensos verbos
de uma emoção que nem sempre busca a razão
É autística no seu verbalizar
Que vive a alma, por entre letras,
Que expressa a fúria do sentido, sem sentir.
São almas de gente anônima.
Que dimanam a inspiração que não é dita.
Que são livres... e ânimas


Que dirá a boemia de um escritor
Que reza para todos os homens nas madrugadas
E sinos das velhas igrejas mineiras
Quando se rimam em dizeres de amor



Nas verdades das bocas de ímpios
A mesma alma autística hoje volta
De uma longa jornada, e não mais inveja o infinito.
Se foi Aleijadinho ou Atayde, pouco importa
Hoje tropeça na poesia do silêncio
Como o verbo estas almas não voam livres
Fica a esperança de um novo existir
Ressoam os sinos das velhas igrejas mineiras
“Alma de açúcar, mãos com poesia”...

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