sábado, 31 de março de 2012

Os mapas do autismo (comemoração em abril)



Silvânia Mendonça Almeida Margarida

O autismo é como um mapa encoberto.  Mapas que encobertam as mais verdadeiras surpresas,  tristezas felizes, aprendizagens encantadas e judiciosas. Às vezes, todas as direções são possíveis e outras vezes os caminhos são os mais diversos, quase impossíveis.  
Como nos diria Rubem Alves: "Aqui se encontra o retrato deste mundo. Se alguém prestar bem atenção verá que há mapas dos céus, mapas das terras, mapas do corpo,  mapas da alma” e eu acrescento: mapas do autismo. São muitos. Quem notar poderá analisar cuidadosamente estes mapas: aprender a falar, aprender a não se sentir sozinho, aprender a se banhar, aprender a usar os talheres, aprender a escrever, desaprender as garatujas, desaprender as estereotipias, desaprender a gritar. Quantos mapas!  Seria impossível enumerá-los aqui! Seria impossível enumerá-los numa única vida.
O autismo é uma carta geográfica para a vida dos pais e de seus filhos!  É uma lista descritiva de aprendizagem burilada e de renúncia!  É a representatividade do que se tem de mais belo, além do tempo, atemporal mesmo, e do espaço. Um espaço que para alguns é de sofrimento. Para outros de aprendizagem. Bem pragmático! Somente o momento presente e a crença crística importam. É só aprender.
Mas como avaliar a alma do autismo em mapas¿ Uma interrogação de primeira instância, de cabeça para baixo na aprendizagem da educação especial?
Pais,  irmãos, educadores, terapeutas e filhos autistas por todos os caminhos já andaram. Já fizeram de suas vidas flores, como tal são seus espíritos: proteção e dores, clamores e amores. E, assim, cultivando, as flores dos mapas autísticos, nós, pais e mães de crianças autistas vamos cobrindo as nossas feridas. Mesmo que os olhos-mapas das nossas crianças viajam como seus olhares perdidos, em êxtase, em sintonia, em comunhão; em sonho projeto criança.
Os mapas autísticos trazem o cântico das flores do vento, que volteia sobre os campos floridos. Os caminhos das nossas crianças são como pinturas celestes, suaves encantamentos que inebriam o nosso ser e nossos sentidos.
Nos mapas do autismo NÃO EXISTE a tarefa do adulto que passa a desempenhar uma função mediadora entre as crianças e a cultura, garantindo o desenvolvimento infantil e o conhecimento social. Neste sentido, o professor de Educação Infantil não precisa ter uma visão globalizante do desenvolvimento da criança e do conhecimento social e historicamente produzido.
Nos mapas do autismo,  o professor da Educação especial precisa ir além. Precisa saber conviver com a alma autística daquele indivíduo e lhe mostrar primeiramente o seu EU. A sua função mediadora vai além das perspectivas de uma visão globalizante do desenvolvimento infantil, pois se passarão muitos anos e a criança se tornará um adolescente, um adolescente que passará à idade adulta. Uma idade adulta criança. O que fazer então?
Como mãe de um rapaz autista criança talvez eu seja capaz de interpretar momentos que preleciono aqui:

-  O que se diz ou faz, como se diz ou faz, em que momento e  o porquê afetam profundamente as relações professor-aluno autista, influenciando diretamente o processo ensino-aprendizagem.
- Afetividade não se limita apenas a manifestações de carinho físico e de elogios superficiais.
- “as manifestações epidérmicas da afetividade lambida  se fazem substituir por outras de natureza cognitiva, tais como respeito e reciprocidade.
-  Adequar a tarefa às possibilidades do autista, fornecer meios para que realize a atividade confiando em sua capacidade que não pode ser medida ou desmedida.
-  demonstrar atenção às suas dificuldades e problemas são maneiras bastante refinadas de comunicação afetiva.
-  Medo, angústia, ansiedade e frustração são sentimentos que desgastam o autista.  A serenidade e a tranqüilidade dos professores auxiliam na redução ou até na eliminação desses sentimentos desagregadores.
  - Amar, amar muito a educação especial...

São tantos os mapas do autismo que o professor da educação especial  burila  especializações e negociações,  mudanças e inovações. Essas devem ser decididas durante uma experiência intensiva em que sejam adotadas práticas pedagógicas mais adequadas e consistentes no descobrimento dos caminhos, da carta geográfica que pode ajudar o autista na  sua convivência diária.
Afinal, aprendizes-autistas, para serem bem sucedidos em suas tarefas escolhidas, precisam de comunicação. Precisam ser compreendidos, não avaliados, não julgados, não ensinados, mas sim MAPEADOS.
Pais, professores, terapeutas, profissionais, familiares, em minha pequena experiência creio que o principal Mapa é o do AMOR, bem incondicional, sem cobrança e com ousadia.
 E novamente lembro-me de que Rubens Alves um dia já escreveu: “Quem dança com as idéias descobre que pensar é a alegria. Se pensar lhe dá tristeza é porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento começa com o sonho”.
E assim, mapeando o craque autista, pois sim, quem tem autismo é um craque. Um craque da vida, que aéreo vem como um helicóptero, um bimotor, ou um grande avião a cruzar espaço nunca dante visto.
Assim, o tempo vai passando e os mapas do autismo vão sendo conhecidos e checados. A carta geográfica física, psíquica e biológica, espiritual mesmo adquire o senso do cruzamento de não complicar a vida, mas evidenciar com as mãos o resultado aberto para a defesa da síndrome.
Afinal, o original mesmo é chegar nestes mapas sem ameaças e ser o campeão nos kilometros de vantagens da aprendizagem, não somente em dois de abril, mas em todos os dias das nossas vidas, além horizontes.





sexta-feira, 30 de março de 2012

VISTA AZUL PELO AUTISMO






O dia 2 de abril foi instituído pela ONU como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Para divulgar a causa e chamar a atenção de todos sobre o autismo, organizações do mundo todo se envolvem no "Light it up blue", promovendo a iluminação de monumentos, edifícios e p
ontes com a cor azul.

Você também pode fazer a sua parte! Vista azul no dia 2 de abril, explique a ação e convença seus amigos, colegas de trabalho e familiares a vestirem azul também. Tire uma foto e poste aqui no Facebook.

É importante falar sobre o autismo, é importante divulgar as informações. Ainda há muitos autistas sem acesso adequado à educação, saúde, benefícios e direitos

Câmara de Rondonópolis é iluminada de azul em apoio a autistas



Objetivo é conscientizar população que síndrome tem tratamento

Rafael Soares/Câmara Municipal

Câmara estará iluminada de azul até 2 de abril, quando se comemora o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
DA ASSESSORIA
Em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, a Câmara Municipal de Rondonópolis (210 km ao Sul de Cuiabá) estará iluminada de azul até o dia 2 de abril, quando se comemora a data. O azul é a cor símbolo do autismo e a ação faz parte de um movimento que visa chamar a atenção da população para a existência e identificação da síndrome e que a mesma tem tratamento.
O movimento está sendo promovido pela Associação Rondonopolitana de Pessoas com Transtorno Autista (ARPTA), no intuito de apoiar os portadores de autismo e divulgar tudo que é relacionado ao transtorno. “O objetivo é garantir apoio e mais estrutura às famílias com filhos autistas”, explica a psicóloga Érica Rezende Barbieri, que está à frente da associação, juntamente com a advogada Jackeline Masson.
Segundo a entidade, a síndrome é mais comum que doenças como o câncer, AIDS e diabetes, porém, parte da população não sabe que há tratamento e onde tratar. “A família tem que estar atenta aos sinais e sintomas da criança para que haja um diagnóstico precoce e correto. Além disso, vale ressaltar que há diferentes graus de autismo e que há casos de crianças que entram no autismo a partir de certa idade. Dependendo da idade do diagnóstico e da estimulação recebida, o autista pode ter uma vida adulta normal”, esclarece a psicóloga.
Além disso, no próximo sábado (31/03), a partir das 16h30, a associação realiza uma caminhada em volta do shopping da cidade, ocasião em que serão distribuídos panfletos explicativos sobre o transtorno e será oficializada a criação da ARPTA. Os panfletos também serão distribuídos em escolas, hospitais, consultórios, órgãos públicos e nas ruas de maior movimento da cidade.
Assim como a Câmara, farão parte do movimento a Subseção da OAB, a Promotoria Pública, Assembleia de Deus Nova Aliança, Rondon Plaza Shopping e a Paróquia Santa Cruz, que também terão as fachadas iluminadas com a cor azul. A ARPTA ainda aguarda respostas do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura de Rondonópolis.
Autismo
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização e de comportamento. Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas. Outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Atualmente já há a possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

POEMA AUTISTA DE ABRIL






silvania mendonça almeida margarida

Quando o outono chega,
cheio de beleza e melancolia,
os amigos estão presentes
nos trazendo alegria

Um autista que espera
 sem esperar um retorno,
que se entrega ao
poema autista em abril
 nada diz mas quer ver
 a felicidade do outro

é criança que merece cuidados especiais;
 um ser grande, mesmo incapaz
que nos emociona pelo fato de existir
que nos proporciona
o véu azul das estrelas
Nas noites de abril

O poema autista de abril
Abarca apenas uma data
A comemorar o azul dos céus
O azul dos mares e dos
horizontes pela manhã

Transcende-se em dois
Multiplica-se em dois
Para se colocar sozinho
Frente ao mundo de luz

E eu e minha família
Os meus amigos e educadores
Indagam neste poema autista de abril
Quantas vezes você irá se manifestar
Sair deste mundo e correr
Infinito e grandioso ser
Com asas azuladas da evolução


Minha esperança é realmente relutante...
E eu vou quero mais do que nunca abraçar você
Outras vezes...Infinitas vezes...
Meu poeta azul de abril
Eu não sei porque eu amo você desse jeito...
Eu só sei como acabar com seu autismo...
Eu só sei como vencer esse amor...
Eu sinto que você até virá...
E suas mãos que estão presas no seu mundo
Soltar-se-ão levemente
E você irá me abraçar tanto como eu abraço você...
Cantaremos o azul dos dias
Na nossa poesia encantada

E repito em outro outono
Como o ano que passou
Só sei que vou poder viver
O infinito ao seu lado...
E muitas velas azuis
do autismo serão acesas
Mas sei também que
é tão passageiro quanto eu.
Quanto todos nós
E seremos livres na procura do céu azul!

elaborada em homenagem ao dia 02 de abril, dia mundial do autismo.
Você também poderá gostar da poesia 
A vela azul do autismo neste mesmo blog

segunda-feira, 26 de março de 2012

Acordes do Coração


silvania mendonça almeida margarida



Uma cálida brisa
dançava num pequeno
cômodo bonito...
Eu, como de costume,
sentada na cadeirinha
de balanço...
Gostava de escutar
Yesterday...

O ontem era visto
nos meus sonhos,
como baladas de  ninar...
o ontem, o yesterday
faziam meu amanhã.

Mamãe....
linda,
a me contemplar.
Eu deliciava-me,
ouvi-la dizer que
quase nasci sem nome...

Quando não escutava o rádio,
perambulava pelo quintal,
cantando e olhando o céu,
a imaginar uma saudade
não sei de onde, nem do quê.

É assim mesmo...
A infância lembrada,
infâncias vividas,
em quintais,
em casas  com varandas
Interioranas e passadas
transformam nosso mundo
 em ensinamentos
quase angelicais.

É assim mesmo...
Quando chega
a hora, em acordes,
a música da  vida
tocam em nossos  Corações,
Todos os momentos felizes,
ultrapassados, retrógradas, vividos,
mas também vivenciados.

São acordes do coração,
que antes de tudo,
embora infantis
procuram solucionar
o exercício diário do amor!
Em busca de soluções,
de passagens importantes da vida
da solução do autismo
saem em busca da felicidade!

Rosinha....lindinha....
Florzinha...lindinha...
margaridas e violetas
todas as florzinhas!!
Venham nos fazer feliz....
Passarinhos que cantam
O desabrochar do nascer.

Venham fazer parte 
da alegria vidinha
Da nossa lotusdavida.
São nossas Flores de Liz?


São tantas crianças lindinhas.
que vocês farão contentes...

Flores de Liz,
Vocês precisam ver
os rostinhos de espera...
as cantigas da madrugada  ...
os seus pássaros engaiolados
e vocês saberão dar direitinho...
O amor fraterninho que tanto precisam...

Palavras... docespalavrinhas
para este aconchego alegre
Carinhos,... preciosos
crianças que são só serviço de Jesus
e não ficam vendo televisão
desta vida transporte.
Venham, Flores de Liz....
Venham, depressinha,
Cantem o cântico da natureza feliz...


Olha aí,
 o lotus de amor....
Esperando vocês...
beijinhos felizes
esperam vocês.

Quando chegarão?
As Flores de Liz??????...

autoria silvania, nesta madrugada de 30 de agosto de 2001

sexta-feira, 23 de março de 2012


Autismo: universo ao meu redor

Ter um filho autista não é culpa dos pais. Mas é preciso estar atento, já que, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, melhor

Thais Lazzeri


Manoel Marques
dez/07 - Nem os chamados da mãe faziam a pequena Rafaela sair do seu mundinho. Com 1 ano e 3meses, ela começou a mudar de comportamento e deixou de se comunicar. Ainda batia palmas quando via um comercial na televisão, andava de um lado para outro, mas agia como se não conseguisse ouvir os pais e não emitia palavra nenhuma. Com poucos meses de vida, Jaqueline também passou a se comportar deforma diferente dos demais bebês. Demorou para sentar, falar, andar. Tanto Danielle Nery Lins, mãe de Rafaela, quanto Nilvana dos Santos, mãe de Jaqueline, percorreram uma infinidade de médicos à procura de respostas. 


Danielle ouviu o diagnóstico de que sua filha era autista há um ano, quando a menina tinha 2. Nilvana só descobriu o que acontecia com a sua quando ela tinha 5, em 2002. Apesar da aparente semelhança entre os casos, o que fez diferença foi a idade em que as meninas começaram a ser tratadas. “O diagnóstico antes dos 3 anos de idade dá mais possibilidade de modular e interferir na estrutura do cérebro da criança”, diz Adailton Pontes, neurologista infantil. “Se a doença é descoberta tardiamente, a criança pode não aprender a falar ou ter mais dificuldade para ter autonomia, por exemplo”, afirma o psicanalista infantil Estevão.

Danielle deixou o emprego para se dedicar a Rafaela. Ela não sabia o que era a doença nem que a filha, estimulada, poderia um dia interagir com os pais. “Minha filha não dizia nada, não se comunicava”, diz. A menina ainda não fala direito, mas vai à terapia e ao fonoaudiólogo e mostra progressos rápidos: passou a se comunicar com os pais, largou a fralda diurna, vai ao banheiro sozinha e sabe mexer no aparelho de DVD. “Ela está se desenvolvendo bastante.” Jaqueline acompanha a mãe ao supermercado e ajuda nos cuidados da casa. “Tudo o que queria que minha filha fizesse, ela faz. Demorou mais, porque o diagnóstico foi tarde, mas deu certo”, diz Nilvana. A primeira pergunta que fez ao saber da doença foi: ela vai morrer? Ao saber que um autista sem outros problemas vive tanto quanto alguém que não tenha a doença, ela decidiu acompanhar o tratamento da filha e também parou de trabalhar. Optou por deixar Jaqueline em uma escola regular. Apesar de não demonstrar muito interesse pelas aulas e de apresentar dificuldade com as letras, a menina foi alfabetizada.
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comentários

Ana Cláudia - Brasília/DF | 18/08/2011 11:50

Meu pequeno João Pedro completou 3 anos dia 10/08. Já o levei em diversos médicos, mas nenhum diagnóstico fechado. Hoje ele não se interage e não se comunica com ningué. Gostaria muito de que ele ficasse bom logo. Se alguém tiver algum profissional para me indicar, aqui em brasília. Ou alguma orientação e como melhor ajudá-lo.

Soraia - São Paulo/SP | 05/04/2011 10:51

Preciso saber de alguma instituição/ escola que atende adultos especiais durante o dia, na cidade de São Paulo, preferencialmente na Zona Norte. Tenho um sobrinho de 20 anos que tem altismo, o grau acredito que seja mais leve, pois consegue realizar as coisas e também fala, no entanto, não consegue seguir adiante nenhum diálogo, responde o básico. É carinhoso e gosta de receber carinho e massagem, mas não demonstra seus sentimentos. A 3 anos minha irmã (mãe do Felipe) faleceu e parecia que ele não sabia o que estava acontecendo, pois não chorou, não falou nada (é normal), não houve nenhuma alteração em suas reações. Hoje, ele estuda no Instituto Pestaloze, mas ficará lá só mais 1 ano, por completar a idade máxima, precisomos colocá-lo em alguma outra instituição para que ele continue se desenvolvendo e com atividades durante o dia, preciso saber se existe algum lugar assim para adultos especiais e que o cursto não seja muito elevado. Agradeço pelas informações.

Daniela Fabiana Gonçalves Costa - São Paulo/SP | 04/04/2011 09:39

No dia em que ouvi de 02 médicos que meu Lucas era autista, meu mundo desabou. Isso faz 11 meses hoje (04/05/2010)! Mas foi preciso muita força para levantar. Uma dor por saber que não tinha cura e um eterno medo de deixá-lo desamparado. Sempre trabalhei muito e muito, amava e amo o que faço. Mas me senti dividida entre o Lucas e a minha vida. Mas a escolha quem fez foi a vida. Escolheu o melhor caminho...o do melhor tratamento para meu amado Lucas. Decidi ficar com as mesmas responsabilidades em situações diferentes. Era o que podia ser feito,não somos ricos e tudo para o autista é muito caro. Confesso que ainda é muito difícil, que ainda passo noites sem dormir e as vezes fico com raiva do mundo. Sinto-me mal em falar assim, mas é o que sinto na minha alma. Agradeço a Deus por meu filho ser perfeito, feliz e muito amavél. Mas sinto medo, sinto um nó na garganta..medo de não conseguir! Mas sei que tudo vai dar certo...tudo vai se ajeitar. Hoje me concentro com todas as forças no tratamento do Lucas, é uma corrida contra o tempo...é o que nos importa. Conseguir fazer que o Lucas consiga, ao menos apreender a suprir suas necessidades fisiologicas e socias. Tudo o que possa causar um constrangimento moral ao nosso Lucas. A única coisa que sabemos...é que só o amor pode construir uma ponte que nos levará até o mundo dele. E AMOR...ELE TERÁ POR TODA NOSSAS VIDAS. E penso a todo instante quando sinto que a revolta ou inseguraça surge: PORQUE NÃO EU? Hoje sabemos...o Lucas é o nosso maior bem...é o nosso presente de Deus. É o que faltava em minha vida. E o que mais queremos é vê-lo feliz =) Daniela Fabiana G.Costa

Célia - São Gonçalo/RJ | 23/09/2010 02:33

Não é nada fácil ter um filho com esse diagnóstico mas, o passo que você decide dar no momento que ouve isso de um médico vai ajudar a escrever a história da vida do seu filho.O "luto" dever ser muito rápido(o meu durou 30 minutos).Foi o tempo que levei do consultório a minha casa.Decidi junto ao meu esposo que lutaríamos com todas as forças para que ele(meu Brunão)conseguisse ser uma criança o mais independente possível.Pena que a falta de informação faz a sociedade não ajudar muito!Estamos caminhando e progredindo dia após dia.Antes era difícil entrar em um salão de festas.Hoje ele pediu pra ser matriculado no futsal com os amigos da escola.Ainda falta muitos degraus a subir mas, com muita vontade de vencer, chegaremos lá. Paciência e muita fé em Deus que está no Controle Sempre!MEU BRUNO É UM CAMPEÃO!!!

maria socorro pereira batista - Várzea Alegre/CE | 27/10/2009 03:32

Quando uma mãe tem um filho autista e que procura um médico depois de uma grande luta de médico em médico é porque ela precisa de uma luz, de uma palavra de um estímulo para que possa continuar sua luta e não desistir apesar de sabermos que o autismo não tem cura. Finalizando o que quero dizer é que procurei um tal de dr jose fernando em juazeiro do norte ceara para consultar o meu filho porque disseram que ele estava estudando muito sobre autismo, e o que vi foi um cavalo que não sabe nada sobre autismo, até medo da criança tem, sem sentimento e sem ética profissional, é um verdadeiro mal caráter e sem formação profissional. Se voce tem filho com algum problema neurologico, pelo amor de Deus não leve para esse tal de dr ze fernandes formado no Piauí que não sabe porra nenhuma de nenhuma doença neurológica, somente fazer eletroencefealograma, que o próprio computador faz. ze fernando vai ser homem para tu poder consultar, porque tu parece mas uma marica.

reportagem e comentários profícuos

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