quinta-feira, 2 de setembro de 2010

AUTISMO PARTE 2

Conforme a OMS(Organização Mundial de Saúde),
"Autismo é uma síndrome presente desde o
nascimento e se manifesta antes dos
30 meses de idade. O comportamento é
usualmente ritualístico e pode incluir
rotinas de vida anormais, resistências a
mudanças, ligação a objetos estranhos
e um padrão de brincar estereotipados.
A capacidade para pensamento abstratosimbólico
ou para jogos imaginativos
fica diminuída. A inteligência varia
de muito subnormal, normal ou acima.
(OMS, 1984)
1.2 Características
A característica das crianças autistas
está intimamente ligada às noções do
tempo e de causalidade. Todas as crianças autistas
insistem em que o temposeja suspenso.
Se a identidade deve ser considerada, o tempo tem que ser
detido; seu mundo não é feito mais
que de espaço. Nem o tempo, nem a
causalidade existem, porque a causalidade
implica uma sucessão no tempo,
pela qual um acontecimento devese
suceder a outro; a criança está
aterrorizada pelas relações, porque elas parecem
destruidoras à sua vista; qualquer decepção
deve ser prevista, e sua lei é: "não deves esperar
nunca que algo possa mudar". Cada autista tem sua própria
maneira de ser acomodar à sua necessidade de viver
fora da causalidade. A criança autista não
reconhece nenhuma ordem ou funcionamento
do seu organismo. Por ela,
nenhuma de suas funções corporais tem sua
origem no corpo e suas
necessidades. Na melhor das hipóteses, são
os sistemas mecânicos que
seguem uma certa ordem também mecânica.
(Ajuriguera, 1980) Segundo,
B.A.RUTTEMBERG; a criança autista
não segue os modelos normais do
desenvolvimento, tal como é entendido
do ponto de vista psicanalítico, ela falha
no desenvolvimento das relações objetais
e da modulação das pulsões
instintivas, e não organiza suas
reações formativas e suas defesas como a
criança normal. A criança autista
funciona a níveis muito primitivos; ainda que
as funções dos "Ego autônomo" e
certas funções do "Ego executivo"
(crescimento físico, marcha e outras
funções motoras), possam estar
relativamente bem desenvolvidas,
as funções do Ego se apresentam mal
desenvolvidas fragmentadas.
A agressão não é discriminada e freqüentemente
é interiorizada. O comportamento cinestésico
e, quase sempre, também oral
precoce, predomina na criança, que não
é tratada (Ruttemberg, 1971). Podese
dizer que a criança autista vive em um mundo
de objetos, as quais ela utiliza de
forma esteriotipada. Ainda que às vezes ela
explore o mundo que a cerca, ela o
faz com a finalidade de se fixar em objetos,
de se apropriar deles, de manipulálos,
sem nenhuma atividade construtiva real.
Mesmo que ela reconheça os
objetos em seu aspecto formal, que os acolha
e os encontre facilmente, eles
não têm um valor social significativo para ela.
Os escolhidos são os objetos
simples, com as quais ela brinca ou s
ão objetos mecânicos, pelos quais ela se
sente atraída, seja ele um aspirador,
um interruptor ou uma torneira.
(Ajuriaguera, 1980). Outra característica
autista presente é a repetição
exaustiva de uma situação como por exemplo,
ver o mesmo filme muitas e
muitas vezes (como a maioria das crianças o faz).
A grande diferença é que,
enquantos nos autistas essa fase não é superada.
O relacionamento da criança
autista com as pessoas é muito particular.
Não lhes dirige sequer um olhar de
interesse, passa ao lado sem tentar
estabelecer qualquer tipo de comunicação;
as relações que pode, às vezes, estabelecer
são fragmentárias: ela escolhe um
companheiro, mas não espera dele nem participação, nem troca de
experiências. Não demonstra qualquer
reação diante do desaparecimento dos
pais, parecendo ignorálos.
Não participa, como as outras crianças, de nenhum
jogo coletivo. Em relação a seu próprio corpo,
ela efetua poucas atividades de
exploração, ainda que possa se interessar
por determinadas zonas corporais;
ela encontra, por exemplo, satisfação na
movimentação esteriotipada da sua
própria mão. É indiferente à sua imagem
diante do espelho, salvo quando em
movimento. A exploração, em relação a
outras pessoas, é também pouco
importante, e nem mesmo o rosto
chama sua atenção. Uma das características
destas crianças é sua preocupação obsessiva
pelo que é idêntico ou pelo que
é imutável, o que significa que elas sempre
tentam preservar certos quadros,
determinados tipos de situação, ou predeterminar
o desenrolar dos
acontecimentos. Assim, ela se recusa a trocar
de roupa, executa desvios rituais
na hora de dormir, quase sempre demorados e
detalhados, ao lado de
extravagâncias no que diz respeito
à alimentação, escolhendo um único tipo de
alimento ou comendo somente em determinados
pratos (Ajuriguera, 1980).
Ainda que, em geral, estas crianças
sejam gentis e doces, saindo de sua
passividade somente quando esta se torna
monótona e estrepitada, em alguns
casos podem ser rebeldes e agitadas,
e em outros, estar em constante
movimento, mexendo em tudo, dando
voltas sem cessar em um mundo do qual
não apreendem mais que fragmentos, e
cujas possibilidades não utilizam. Não
há motivos para se colocar em confronto
a criança hipocinética e a criança
hipercinética, no que diz respeito
ao autismo. Nem uma nem outra têm um
contato real com a realidade.
No entanto, ambas podem apresentar reações
impulsivas, durante as quais quebram objetos
e apresentam tipos de atividades
autoagressiva.
Se, de um lado, a criança voltase
sobre si mesmo e não procura, em absoluto,
a comunicação com outras crianças ou pessoas,
de outro lado, a criança hipercinética encontra,
por meio de seus deslocamentos sucessivos,
as pessoas e os objetos com as quais pode
manifestar uma certa hostilidade. No entanto,
ambas podem apresentar crises intensas de angústia;
a hipocinética, por sua própria solidão,
e a hipercinética, quando sai de seu
quadro habitual. Neste caso, a primeira
pode aumentar seu retraimento, e a
segunda procurar ajuda, geralmente em
pessoas não específicas do grupo.
(GAUDERER, 1993).
1.3 Histórico
É necessário que se faça uma revisão histórica,
para estudar o assunto. Este
capítulo, em geral, é deixado de lado pelo
interesse maior da parte do
diagnóstico e principalmente do tratamento,
porém reafirma a necessidade de
se conhecer o histórico do Autismo, pois só assim
teremos um conhecimento
razoável da polemica em torno do diagnostico e
do tratamento. São eles
baseados em modelo teóricos que tiveram ou têm seu lugar no tempo. Em
1906, Plouller introduziu o adjetivo autista
na literatura psiquiátrica. Na época,
ele estudava o processo do pensamento de
pacientes que faziam referências a
tudo no mundo e à sua volta, consigo mesmo,
num processo considerado
psicótico. Estes pacientes tinham o diagnóstico
de demência precoce, que ele
mudou para esquizofrenia, também introduziu este
temo. Em 1943 KANNER
(E.U.A.), psiquiatra infantil descreveu
um grupo de crianças gravemente
lesadas que tinham certas características
comuns. A mais notada era a
incapacidade de se relacionar com pessoas.
Ele utilizou o adjetivo empregado
por Pouller e intitulou o seu .


Joubert de Barros, 690 – Bento Ferreira –

Fonte:

Vitória – ES – Cep: 29050720
Fone/Fax: 3227 2164 – www.cvdvida.org.br
land@terra.com.br

trabalho de "Distúrbio Autistico de Contato Afetivo".

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