segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PESQUISA DE VIDRO

Esta pequena poesia
Não faz rir nem chorar
É uma pesquisa de vidro
Que pode embalar meu coração.

Resolvi fechar as áreas
Dos meus espaços translúcidos
Não sei qual cor usar
Se vidro fumê ou bronze
Se vidro verde ou incolor

Poderia talvez ser
Um vidro canelado
Que não mostrasse
Os recintos anteriores

Ou mesmo
Nesta pesquisa de vidro
Fazer surgir uma nova cor
Fica aqui a indagação
Na emoção da mudança
Na ternura da renovação

A minha pesquisa de vidro
Deveria ser pontilhada
Ou pontiaguda nas imagens
Espelhadas em redutos
De uma nova canção

Uma certeza que tenho
Que neste novo ambiente feliz
Temperarei portas e janelas
E o sol brilhante será o astro-rei

Só sei que enquanto penso
Toco e aprendo violão
Penso no autismo
e nos momentos santos
Da minha doce ilusão.

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