sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

COMO SE VOLTASSE AO PASSADO



silvania mendonça almeida margarida


Tem coisa que os meus olhos
sempre deveriam ter visto
Deve ter sido a visão de alguma
das doces faces da poesia
Nunca ter permitido determinar
o som dos meus ouvidos
o que aquela criança
vislumbrou ao ouvir
A solidão a nos devorar
Que longo silêncio poético
Um deserto natural
Que às vezes nos faz chorar
A poesia seria uma cantiga
Como uma criança
que engatinha ao andar

Ah!... Eu teria protegido meu coração.
Mas desse modo, ele seria infantil...
Como é bom poder relembrar.
A criança que fui um dia
Nunca deixando de sonhar
A vida é poesia...
Essa magia continua de quem ama
Brilho dos meus olhos e
o sorriso largo


Quando fui arco-íris
como se voltasse ao passado
Ao tempo em que era criança
Quando todos diziam
Que era a síntese da esperança
embora quando chorava
Por algum motivo qualquer
Não tinha sentido a vida
era litúrgica minha ilusão humana
Mas a natureza transcendente
Sustentava a natureza filosófica
De todo aquele que tem fé
E o autismo vem do Alto
e revela toda arte verdadeira
e o real sentindo o saber
precisa-se da mentira da ficção
para sempre mostrar algo da revelação...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Divulgue este blog sobre o autismo

Divulgue este blog sobre o autismo

Oficinas e Materiais