Cientistas da Mount Sinai Medical Center, em Nova Iorque, identificaram um fármaco que mostrou ter um efeito terapêutico, ao melhorar a comunicação entre as células nervosas de um modelo de ratinho com a Síndrome Phelan-McDermid (PMS), avança o site Saúde na Internet.
Os sintomas de PMS enquadram-se na categoria das perturbações do espectro autista.
Estudos anteriores já tinham demonstrado que a mutação de um gene, denominado por SHANK3, que é expresso nas células do cérebro podia provocar atrasos graves na capacidade da fala, ou mesmo ausência dessa capacidade, deficiência mental e autismo.
Neste estudo, a equipa liderada por Joseph Buxbaum desenvolveu ratinhos que apresentavam a mutação no gene SHANK3, e verificou que existia um lapso na comunicação entre as células nervosas do cérebro que podia conduzir a problemas na aprendizagem. Essa falha de comunicação indica que as células nervosas não se desenvolveram da forma adequada.
Na segunda fase da experiência, a equipa injectou nos roedores um derivado de um composto semelhante à insulina, denominado “factor de crescimento 1” (IGF1), utilizado para tratar a deficiência de crescimento nas crianças.
Duas semanas após o início do tratamento, os cientistas verificaram que a comunicação entre as células nervosas era normal e que a adaptação das células nervosas à estimulação, uma parte essencial da aprendizagem e da memória, tinha sido reparada.
"O resultado do tratamento com IGF1 nestes animais é animador e abre caminho para uma nova terapia para as pessoas com PMS", afirmou à EurekAlert o líder da investigação.
Fonte: RCM
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