silvania mendonça almeida margarida
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA
Conforme o quadro abaixo:
Aferências
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Percepção
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Imaginação
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Simbolização
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Conceitualização
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auditivas
visuais
táteis
sinestésicas
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conhecimen-to seguro e exato das
aferências sensoriais
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relação da percepção e
conhecimen-to perceptual prévio (parte da memória)
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fala
escrita
leitura
linguagem interior
|
classificação
generalização
categorização
|
Fonte: STELLING, Stella. Dislexia. Rio de Janeiro: Revinter,
Autores: Johnson e Myklebust
(1967)
Como a criança autista aprende ?
HIPÓTESE
Conforme o quadro abaixo:
Aferências
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Percepção
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Imaginação
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Simbolização
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Conceitualização
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Fonte: Somente a pesquisa dará resposta a todas estas
interrogações
Para se alcançar melhor compreensão sobre o
autismo e as implicações contidas no quadro sindrômico, visando à educação da
criança autista, é preciso ter conhecimento sobre o desenvolvimento normal da
criança e suas funções várias, para que haja distinção do que seja realmente um
comportamento autista. Discernindo suas características principais, seus
limites, seu potencial capacitador, suas necessidades e prioridades que
precisam ser estudadas e trabalhadas, com a finalidade de se proporcionar à
pessoa com autismo, maior estabilização emocional possível e nível de
desenvolvimento global mais próximo da normalidade.
Por intermédio do conceito de categorização (FIALHO e SANTOS, 1998)
somos capazes de dividir o mundo em unidades menores, mais facilmente
gerenciáveis e, deste modo, determinar a pertinência de um objeto a um grupo
por meio do reconhecimento da sua
similaridade com os membros reconhecidos de uma categoria. Tais considerações,
baseadas no conceito de frames para representação do conhecimento,
explicam a dificuldade de incorporação de formas distintas daquelas já
conceitualmente consagradas.
A forma representa um elemento tão fortemente arraigado à cultura geral
das populações, que dificilmente alguém imaginaria sua casa de forma
distinta da habitual sobreposição e
justaposição de cubos ou hexaedros. Entretanto, essas simplificações formais
observadas na cultura arquitetônica predominante, originam imagens mentais que
formalizam-se, criando barreiras à incorporação de formas diferenciadas das
estruturas mentais existentes.
O trabalho que ora se propõe, tem por origem
uma situação vivenciada a partir do desenvolvimento de projetos residenciais,
que utilizam:
A linguagem é uma herança social, uma
“realidade primeira”, que, uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com
que as estruturas mentais, emocionais e perceptivas sejam reguladas pelo seu
simbolismo.
A compreensão da arbitrariedade da linguagem pode permitir aos alunos a problematização dos modos de “ver a si mesmos e ao mundo”, das categorias de pensamento, das classificações que são assimiladas como dados indiscutíveis
A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir. Produto e produção cultural, nascida por força das práticas sociais, a linguagem é humana e, tal como o homem, destaca-se pelo seu caráter criativo, contraditório, pluridimensional, múltiplo e singular, a um só tempo.
Nas práticas sociais, o homem cria a linguagem verbal, a fala. Na e com a linguagem, o homem reproduz e transforma espaços produtivos. A linguagem verbal é um sementeiro infinito de possibilidades de seleção e confrontos entre os agentes sociais coletivos. A linguagem verbal é um dos meios que o homem possui para representar, organizar e transmitir de forma específica o pensamento.
A compreensão da arbitrariedade da linguagem pode permitir aos alunos a problematização dos modos de “ver a si mesmos e ao mundo”, das categorias de pensamento, das classificações que são assimiladas como dados indiscutíveis
A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir. Produto e produção cultural, nascida por força das práticas sociais, a linguagem é humana e, tal como o homem, destaca-se pelo seu caráter criativo, contraditório, pluridimensional, múltiplo e singular, a um só tempo.
Nas práticas sociais, o homem cria a linguagem verbal, a fala. Na e com a linguagem, o homem reproduz e transforma espaços produtivos. A linguagem verbal é um sementeiro infinito de possibilidades de seleção e confrontos entre os agentes sociais coletivos. A linguagem verbal é um dos meios que o homem possui para representar, organizar e transmitir de forma específica o pensamento.
A família como base individual
A família é a
base do indivíduo, é o primeiro meio social em que ele está inserido e onde se
estabelece o início das relações de comunicação. Ao observar o desenvolvimento
da fala na criança, podemos determinar dois períodos: período pré-lingüístico
(até dez meses de idade), caracterizado por manifestações respiratórias,
respiratórias iniciais, seguidas, ao redor do terceiro mês, por lalações, entre
seis e dez meses aparece o balbucio, inicialmente ao acaso e estabelecendo uma
conexão sensório-motora entre as áreas auditivas corticais e a motricidade do
aparelho fonatório; e período lingüístico, no fim do primeiro ano de vida,
inicia-se quando a criança começa a compreender a comunicação do adulto com
ela, aos dois anos de idade já sabe combinar palavras e produzir frases
elementares, pois consegue solicitar o dispositivo audiofonatório e a sua
conexão e percepção de um objeto.
Ao lado da atividade de leitura orientada pelo gosto, pelo prazer de atribuir sentido a um texto, cada professor, na aula de sua respectiva área (ou dois ou mais professores em trabalho multidisciplinar), vai promover a leitura de textos que valem a pena ser aprofundados: agora todos vão viver o encantamento da descoberta dos muitos sentidos em um texto decisivo para o conhecimento produzido pela humanidade. Esta leitura de inserção do aluno no universo da cultura letrada desenvolve a habilidade de dialogar com os textos lidos, por intermédio da capacidade de ler em profundidade e interpretar textos significativos para a formação de sua cidadania, cultura e sensibilidade.
O mesmo para a escrita: se nós, professores
de todas as áreas, proporcionarmos a nossos alunos oportunidades para que
escrevam muito para dizer coisas significativas para leitores a quem querem
informar, convencer, persuadir, comover, eles acabarão descobrindo que escrever
não é aquela trabalheira inútil de preencher 25 linhas, de copiar livro
didático e pedaços de enciclopédia. Nossos alunos descobrirão que são capazes
de escrever para dizer a sua palavra, para falar deles, de sua gente, para
contar a sua história, para falar de suas necessidades, de seus anseios, de
seus projetos e acabarão por descobrir que são gente, que têm o que dizer, que
têm história, que têm necessidades, anseios, que têm direito a satisfazer suas
necessidades, a fazer projetos, que podem aspirar a uma vida melhor, enfim.
A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM DO AUTISTA
As idéias acima são os parâmetros
considerados “normais” para todos os indivíduos. No entanto, o mesmo não
acontece com a criança especial, com a criança autista que se
vê desprovida da organização do pensamento e, consequentemente, da
linguagem que exige raciocínio lógico, regras gramaticais e
normativas a serem seguidas, exteriorização de um
pensamento, transmitir informações a outrem mas sim, realizar ações,
agir, atuar sobre o interlocutor ( ouvinte/leitor), e outros
aspectos que envolvem a comunicação ao longo da existência de cada um.
O
autismo é uma das excepcionalidades do indivíduo que se sabe muito pouco.
Estudiosos vários tentam dar-lhe uma definição vaga e outros afirmam que o
autismo é um jeito de ser. A lesão afeta um cérebro imaturo e interfere na
maturação da linguagem, com conseqüências específicas em termos do tipo de
disfunção neuromotora desenvolvida e dos distúrbios associados (problemas de
fala, visão, audição, percepção). A lesão cerebral não é progressiva e não
ocorre na totalidade dos neurônios, dessa forma teremos "neurônios
supérfluos" intactos, prontos para serem ativados por meio de estimulação
adequada (tratamento). Por outro lado, quando o sujeito apresenta
alguma defasagem e/ou alteração nos seus níveis de comunicação, normalmente
isso afeta também a sua estrutura familiar.
Para criança autista, o desenvolvimento da linguagem não acontece e não ocorre:
- o amadurecimento do Sistema Nervoso (atividade adquirida progressivamente);
- não existem etapas interdependentes e seqüencializadas na estrutura da consciência (se uma for prejudicada, poderá ocorrer retardo ou distúrbios nas seguintes);
- não existem níveis (ou hierarquias de experiências) dos processos de aprendizagem: sensação, percepção, imaginação, simbolização e conceitualização.
Neste contexto, a escola especial entra como uma das instrumentalizadoras do processo da aquisição da linguagem.
Se a escola
existe como um espaço é nesse espaço que a criança autista deve
estar todo o tempo. Lá poderá encontrar a
contribuição da aquisição da sua linguagem. Faz-se
necessário entender e interpretar a criança especial pede tratamento também
fora do reduto familiar, fora do consultório médico, fora dos exercícios
fonoaudiológicos, entre outros.
A escola faz parte da
linguagem. A educação especial em todas as áreas do
trabalho pedagógico, inclusive os de aspectos da socialização, da convivência
comum com professores especializados. A escola é o ambiente que deve cobrir de
afeto essas crianças especiais, que são relegados dos benefícios amplos da
família (pelo desconhecimento) da sociedade (pelo preconceito), para
que possam ter resultados mais satisfatórios, em diversos níveis dos seus
níveis de defasagem.
Ou seja, linguagem e inserção social caminham
juntas para que as áreas do conhecimento pedagógico possam entrever-se e se
manifestar para o bem-estar de nossas crianças que não são meros objetos, mas
sim pessoas livres de preconceitos da linguagem, pois elas mesmas não
compreendem porque são estigmatizadas.
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