domingo, 3 de fevereiro de 2013

O futuro



silvânia mendonça almeida 

O futuro. Existe coisa mais esquisita do que o futuro? Ele é o soberano! Medir os prós e os contras não faz parte do futuro. Ele é incerto. Inseguro, inabalável, exigível e à espreita. É em prol do futuro que vislumbramos o passado, passamos um filtro, fazemos uma triagem nas coisas boas que aconteceram para que elas permaneçam. Coisas e experiências boas devem permanecer do passado até ao futuro. Se jogamos fora, estamos jogando também fora os momentos felizes. Raros, ainda, neste planeta de expiação e provas. 

Ah! O futuro. Ele depende do presente! O presente que deve ser repensado no passado e monticulado para a sua permanência no tempo! O presente e o tempo! Se conservamos ainda nosso baú das ilusões as coisas boas do passado, nesta mesma cesta de certezas, o presente entra como um alicerce de durabilidade. Durabilidade parece propaganda, mas se pensarmos na durabilidade, voltaremos atrás todas as vezes que precisarmos voltar para a garantia do futuro. Ou seja, o presente deve ser durável, silencioso, reflexivo, não afoito, não temeroso, não insano. Com ele construiremos o incerto futuro. Que talvez se tornará certo, muito certo e produtivo. O presente precisa da família, pois não somos uma ilha. O presente precisa da nossa maneira de conviver com os mais próximos, ou seremos tragados por uma imensa e enorme onda de orgulho e egoísmo, quando não pensamos nos nossos pais, nos nossos amigos, na nossa cidadania, da nossa soberania e liberdade. 

Para se construir um futuro promissor, quem não sabe que devemos construir bases sólidas e alicerces. PRECISAMOS, SIM, OLHAR NOSSO MUNDO CIRCUNDANTE e não tão-somente o nosso umbigo. O futuro depende de não contrariar nossos pais e ensinar a nossa prole de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos. 

Temos que ser ungidos pela harmonização da Divindade Maior e criar uma família feliz. Família e futuro. Palavras que se bem conjugadas não terão incertezas. Frutos que serão colhidos dentro da maturidade, não do dia a dia, do momento do time querido (com todo respeito ao time querido é claro), mas que são momentos fugazes. A amizade no futuro não tão incerto, transborda. É plantada e cria raízes. Dá as folhas e brota os frutos. 
E os frutos serão colhidos de acordo com a ceifa do passado, da permanência no presente e na alegria da prosperidade. 

Por que em um dado momento, contrariar pais e a si mesmo. Contrariar amigos e colegas de trabalho. Deixar de cumprir o que se torna CIRCUNDANTE para as nossas relações e na linha do tempo publicará o seu espaço. Falo aqui de boas ações.

O futuro cobra as atitudes. O futuro cobra renúncias. O futuro cobra as maturidades do passado e do presente em prol da sua realização.

Assim é o caso do autismo. Precisamos ser meticulosos, coerentes, lembrar das conquistas do passado, vivenciar as conquistas do presente, para prepararmos um futuro para os nossos filhos autistas longe de todas agressões impostas pelas provas da vida.
E que o futuro seja sorridente e benfazejo com todos que o respeitam.

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