silvania mendonça almeida
margarida
Contam
a história que uma professora doutora, professora de universidade, foi demitida
de uma grande instituição no céu, por amar muito seus alunos. Mentores daquela
universidade ordenou que fosse embora e
nunca mais voltasse naquele céu, porque ela pediu uma carona solidária.
Ou seja, o céu não era exatamente um céu. Preconceito generalizado e mesmo nas
grades do céu, conseguiam fazer daquele
local uma prisão.
Muitos
anos se passaram e a professora tomou novos rumos na vida e tornou-se
veterinária, pois entre bichos sabia que nunca seria dispensada, vilipendiada e
ficar em humilhante situação. Tornou-se uma boa veterinária e sua especialidade,
a partir de então, era conversar e conviver com cães e gatos. E sentiu-se
feliz.
Entre
o céu e a veterinária está o autismo. Hoje, hoje, exatamente hoje, sabemos que
a carona solidária virou moda, que bichos, principalmente cães e gatos, fazem
as pessoas felizes. Há até campanha de carona solidária para cães e gatos. Como
este mundo dá voltas e lições de vida encaminham-se para nos ensinar, mesmo que
pessoas se tornem esquecidas. Principalmente, a vilipidez sempre desabrocha em
novas aprendizagens, pois a professora/veterinária
da carona solidária havia plantado a semente. Germinou e deu flores e frutos. E
a veterinária continua indiferente. Segue seu rumo de aprendizagem ajudando aos
animais como ajudava seus alunos. O importante é ser solidário e é isto que o
autista pede na Constituição, nas leis, nas gerações de pedidos solidários.
Céu,
veterinária, aprendizagem, carona solidária, todos devem aprender que o autista
precisa de uma única chance para ter a completude da sua dignidade humana e a
responsabilidade social desta dignidade nunca poderá ser tirada. Devem lhe dar
sempre a carona solidária do entendimento, da lucidez e do amor. E o autista nunca poderá ser demitido da vida
de ninguém.
Acontece
que muitos o demitem para sempre e se esquecem de que a vida espiritual fica
comprometida. Melhor então conviver com cães e gatos e tornar um veterinário
entendedor de autismo.
Grande verdade! Professores são sempre excluidos! Grande magia de quem sabe amar o aluno demais.
ResponderExcluir